quarta-feira, 18 de abril de 2012

Dez princípios conservadores (Russel Kirk)

Dez princípios conservadores

por Russel Kirk 1


Tradução de Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior
Fonte: http://www.kirkcenter.org/kirk/ten-principles.html


Não sendo nem uma religião nem uma ideologia, o conjunto de opiniões designado como conservadorismo não possui nem uma Escritura Sagrada nem um Das Kapital que lhe forneça um dogma. Na medida em que seja possível determinar o que os conservadores crêem, os primeiros princípios do pensamento conservador provêm daquilo que professaram os principais escritores e homens públicos conservadores ao longo dos últimos dois séculos. Sendo assim, depois de algumas observações introdutórias a respeito deste tema geral, eu irei arrolar dez destes princípios conservadores.

Talvez seja mais apropriado, a maior parte das vezes, usar a palavra "conservador" principalmente como adjetivo. Já que não existe um Modelo Conservador, sendo o conservadorismo, na verdade, a negação da ideologia: trata-se de um estado da mente, de um tipo de caráter, de uma maneira de olhar para ordem social civil.

A atitude que nós chamamos de conservadorismo é sustentada por um conjunto de sentimentos, mais do que por um sistema de dogmas ideológicos. É quase verdade que um conservador pode ser definido como sendo a pessoa que se acha conservadora. O movimento ou o conjunto de opiniões conservadoras pode comportar uma diversidade considerável de visões a respeito de um número considerável de temas, não havendo nenhuma Lei do Teste (Test Act)2 ou Trinta e Nove Artigos (Thirty-Nine Articles)3 do credo conservador. Em suma, uma pessoa conservadora é simplesmente uma pessoa que considera as coisas permanentes mais satisfatórias do que o "caos e a noite primitiva"4. (Mesmo assim os conservadores sabem, como Burke, que a saudável "mudança é o meio de nossa preservação"). A continuidade da experiência de um povo, diz o conservador, oferece uma direção muito melhor para a política do que os planos abstratos dos filósofos de botequim. Mas é claro que a convicção conservadora é muito mais do que esta simples atitude genérica.

Não é possível redigir um catálogo completo das convicções conservadoras; no entanto, ofereço aqui, de forma sumária, dez princípios gerais; tudo indica que se possa afirmar com segurança que a maioria dos conservadores subscreveria a maior parte destas máximas. Nas várias edições do meu livro The Conservative Mind, fiz uma lista de alguns cânones do pensamento conservador – a lista foi sendo levemente modificada de uma edição para a outra edição; em minha antologia The Portable Conservative Reader, ofereço algumas variações sobre este assunto. Agora, lhes apresento uma resenha dos pontos de vista conservadores que difere um pouco dos cânones que se encontram nestes meus dois livros. Por fim, as diferentes maneiras através das quais as opiniões conservadoras podem se expressar são, em si mesmas, uma prova de que o conservadorismo não é uma ideologia rígida. Os princípios específicos enfatizados pelos conservadores, em um dado período, variam de acordo com as circunstâncias e as necessidades daquela época. Os dez artigos de convicções abaixo refletem as ênfases dos conservadores americanos da atualidade.

Primeiro, um conservador crê que existe uma ordem moral duradoura.
Esta ordem é feita para o homem, e o homem é feito para ela: a natureza humana é uma constante e as verdades morais são permanentes.

Esta palavra ordem quer dizer harmonia. Há dois aspectos ou tipos de ordem: a ordem interior da alma e a ordem exterior do estado. Vinte e cinco séculos atrás, Platão ensinou esta doutrina, mas hoje em dia até as pessoas instruídas acham difícil de compreendê-la. O problema da ordem tem sido uma das principais preocupações dos conservadores desde que a palavra conservador se tornou um termo político.

O nosso mundo do século XX experimentou as terríveis conseqüências do colapso na crença em uma ordem moral. Assim como as atrocidades e os desastres da Grécia do V século a.C., a ruína das grandes nações, em nosso século, nos mostra o poço dentro do qual caem as sociedades que fazem confusão entre o interesse pessoal, ou engenhosos controles sociais, e as soluções satisfatórias da ordem moral tradicional.

Foi dito pelos intelectuais progressistas que os conservadores acreditam que todas as questões sociais, no fundo, são uma questão de moral pessoal. Se entendida corretamente esta afirmação é bastante verdadeira. Uma sociedade onde homens e mulheres são governados pela crença em uma ordem moral duradoura, por um forte sentido de certo e errado, por convicções pessoais sobre a justiça e a honra, será uma boa sociedade – não importa que mecanismo político se possa usar; enquanto se uma sociedade for composta de homens e mulheres moralmente à deriva, ignorantes das normas, e voltados primariamente para a gratificação de seus apetites, ela será sempre uma má sociedade – não importa o número de seus eleitores e não importa o quanto seja progressista sua constituição formal.

Segundo, o conservador adere ao costume, à convenção e à continuidade.
É o costume tradicional que permite que as pessoas vivam juntas pacificamente; os destruidores dos costumes demolem mais do que o que eles conhecem ou desejam. É através da convenção – uma palavra bastante mal empregada em nossos dias – que nós conseguimos evitar as eternas discussões sobre direitos e deveres: o Direito é fundamentalmente um conjunto de convenções. Continuidade é uma forma de atar uma geração com a outra; isto é tão importante para a sociedade com o é para o indivíduo; sem isto a vida seria sem sentido. Revolucionários bem sucedidos conseguem apagar os antigos costumes, ridicularizar as velhas convenções e quebrar a continuidade das instituições sociais – motivo pelo qual, nos últimos tempos, eles têm descoberto a necessidade de estabelecer novos costumes, convenções e continuidade; mas este processo é lento e doloroso; e a nova ordem social que eventualmente emerge pode ser muito inferior à antiga ordem que os radicais derrubaram um seu zelo pelo Paraíso Terrestre.

Os conservadores são defensores do costume, da convenção e da continuidade porque preferem o diabo conhecido ao diabo que não conhecem. Eles crêem que ordem, justiça e liberdade são produtos artificiais de uma longa experiência social, o resultado de séculos de tentativas, reflexão e sacrifício. Por isto, o organismo social é uma espécie de corporação espiritual, comparável à Igreja; pode até ser chamado de comunidade de almas. A sociedade humana não é uma máquina, para ser tratada mecanicamente. A continuidade, a seiva vital de uma sociedade não pode ser interronpida. A necessidade de uma mudança prudente, recordada por Burke, está na mente de um conservador. Mas a mudança necessária, redargúem os conservadores, deve ser gradual e descriminativa, nunca se desvencilhando de uma só vez dos antigos cuidados.

Terceiro, os conservadores acreditam no que se poderia chamar de princípio do preestabelecimento.
Os conservadores percebem que as pessoas atuais são anões nos ombros de gigantes, capazes de ver mais longe do que seus ancestrais apenas por causa da grande estatura dos que nos precederam no tempo. Por isto os conservadores com freqüência enfatizam a importância do preestabelecimento – ou seja, as coisas estabelecidas por costume imemorial, de cujo contrário não há memória de homem que se recorde. Há direitos cuja principal ratificação é a própria antiguidade – inclusive, com freqüência, direitos de propriedade. Da mesma forma a nossa moral é, em grande parte, preestabelecida. Os conservadores argumentam que seja improvável que nós modernos façamos alguma grande descoberta em termos de moral, de política ou de bom gosto. É perigoso avaliar cada tema eventual tendo como base o julgamento pessoal e a racionalidade pessoal. O indivíduo é tolo, mas a espécie é sábia, declarou Burke. Na política nós agimos bem se observarmos o precedente, o preestabelecido e até o preconceito, porque a grande e misteriosa incorporação da raça humana adquiriu uma sabedoria prescritiva muito maior do que a mesquinha racionalidade privada de uma pessoa.

Quarto, os conservadores são guiados pelo princípio da prudência.
Burke concorda com Platão que entre os estadistas a prudência é a primeira das virtudes. Toda medida política deveria ser medida a partir das prováveis conseqüências de longo prazo, não apenas pela vantagem temporária e pela popularidade. Os progressistas e os radicais, dizem os conservadores, são imprudentes: porque eles se lançam aos seus objetivos sem dar muita importância ao risco de novos abusos, piores do que os males que esperam varrer. Com diz John Randolph of Roanoke, a Providência se move devagar, mas o demônio está sempre com pressa. Sendo a sociedade humana complexa, os remédios não podem ser simples, se desejam ser eficazes. O conservador afirma que só agirá depois de uma reflexão adequada, tendo pesado as conseqüências. Reformas repentinas e incisivas são tão perigosas quanto as cirurgias repentinas e incisivas.

Quinto, os conservadores prestam atenção no princípio da variedade.
Eles gostam do crescente emaranhado de instituições sociais e dos modos de vida tradicionais, e isto os diferencia da uniformidade estreita e do igualitarismo entorpecente dos sistemas radicais. Em qualquer civilização, para que seja preservada uma diversidade sadia, devem sobreviver ordens e classes, diferenças em condições matérias e várias formas de desigualdade. As únicas formas verdadeiras de igualdade são a igualdade do Juízo Final e a igualdade diante do tribunal de justiça; todas as outras tentativas de nivelamento irão conduzir, na melhor das hipóteses, à estagnação social. Uma sociedade precisa de liderança honesta e capaz; e se as diferenças naturais e institucionais forem abolidas, algum tirano ou algum bando de oligarcas desprezíveis irá rapidamente criar novas formas de desigualdade.

Sexto, os conservadores são refreados pelo princípio da imperfectibilidade.
A natureza humana sofre irremediavelmente de certas falhas graves, bem conhecidas pelos conservadores. Sendo o homem imperfeito, nenhuma ordem social perfeita poderá jamais ser criada. Por causa da inquietação humana, a humanidade tornar-se-ia rebelde sob qualquer dominação utópica e se desmantelaria, mais uma vez, em violento desencontro – ou então morreria de tédio. Buscar a utopia é terminar num desastre, dizem os conservadores: nós não somos capazes de coisas perfeitas. Tudo o que podemos esperar razoavelmente é uma sociedade que seja sofrivelmente ordenada, justa e livre, na qual alguns males, desajustes e desprazeres continuarão a se esconder. Dando a devida atenção à prudente reforma, podemos preservar e aperfeiçoar esta ordem sofrível. Mas se os baluartes tradicionais de instituição e moralidade de uma nação forem negligenciados, se dá largas ao impulso anárquico que está no ser humano: "afoga-se o ritual da inocência"5. Os ideólogos que prometem a perfeição do homem e da sociedade transformaram boa parte do século XX em um inferno terrestre.

Sétimo, conservadores estão convencidos que liberdade e propriedade estão intimamente ligadas.
Separe a propriedade do domínio privado e Leviatã se tornará o mestre de tudo. Sobre o fundamento da propriedade privada, construíram-se grandes civilizações. Quanto mais se espalhar o domínio da propriedade privada, tanto mais a nação será estável e produtiva. Os conservadores defendem que o nivelamento econômico não é progresso econômico. Aquisição e gasto não são as finalidades principais da existência humana; mas deve-se desejar uma sólida base econômica para a pessoa, a família e o estado. Sir Henry Maine, em sua Village Communities, defende vigorosamente a causa da propriedade privada, como diferente da propriedade pública: "Ninguém pode ao mesmo tempo atacar a propriedade privada e dizer que aprecia a civilização. A história destas duas realidades não pode ser desintrincada". Pois a instituição da propriedade privada tem sido um instrumento poderoso, ensinando a responsabilidade a homens e mulheres, dando motivos para a integridade, apoiando a cultura geral e elevando a humanidade acima do nível do mero trabalho pesado, proporcionando tempo livre para pensar e liberdade para agir. Ser capaz de guardar o fruto do próprio trabalho; ser capaz de ver o próprio trabalho transformado em algo de duradouro; ser capaz de deixar em herança a sua propriedade para sua posteridade; ser capaz de se erguer da condição natural da oprimente pobreza para a segurança de uma realização estável; ter algo que é realmente propriedade pessoal – estas são vantagens difíceis de refutar. O conservador reconhece que a posse de propriedade estabelece certos deveres do possuidor; ele reconhece com alegria estas obrigações morais e legais.

Oitavo, os conservadores promovem comunidades voluntárias, assim como se opõem ao coletivismo involuntário.
Embora os americanos tenham se apegado vigorosamente aos direitos privados e de privacidade, também têm sido um povo conhecido por seu bem sucedido espírito comunitário. Na verdadeira comunidade, as decisões que afetam de forma mais direta as vidas dos cidadãos são tomadas no âmbito local e de forma voluntária. Algumas destas função são desempenhadas por organismos políticos locais, outras por associações privadas: enquanto permanecem no âmbito local e são caracterizadas pelo comum acordo das pessoas envolvidas, elas constituem comunidades saudáveis. Mas quando as funções, quer por deficiência, quer por usurpação, passam para uma autoridade central, a comunidade se encontra em sério perigo. Se existe algo de benéfico ou prudente em uma democracia moderna, isto se dá através da volição cooperativa. Se, então, em nome de uma democracia abstrata, as funções da comunidade são transferidas para uma coordenação política distante, o governo verdadeiro, através do consentimento dos governados, cede lugar para um processo de padronização hostil à liberdade e à dignidade humanas.

Uma nação não é mais forte do que as numerosas pequenas comunidades pelas quais é composta. Uma administração central, ou um grupo seleto de administradores e servidores públicos, por mais bem intencionado e bem treinado que seja, não pode produzir justiça, prosperidade e tranqüilidade para uma massa de homens e mulheres privada de suas responsabilidades de outrora. Esta experiência já foi feita; e foi desastrosa. É a realização de nossos deveres em comunidade que nos ensina a prudência, a eficiência e a caridade.

Nono, o conservador percebe a necessidade de uma prudente contenção do poder e das paixões humanas.
Politicamente falando, poder é a capacidade de se fazer aquilo que se queira, a despeito da aspiração dos próprios companheiros. Um estado em que um indivíduo ou um pequeno grupo é capaz de dominar as aspirações de seus companheiros sem controles é um despotismo, quer seja monárquico, aristocrático ou democrático. Quando cada pessoa pretende ser um poder em si mesmo, então a sociedade se transforma numa anarquia. A anarquia nunca dura muito tempo, já que, sendo intolerável para todos e contrária ao fato irrefutável de que algumas pessoas são mais fortes e espertas do que seus próximos. À anarquia sucede a tirania ou a oligarquia, nas quais o poder é monopolizado por pouquíssimos.

O conservador se esforça por limitar e balancear o poder político para que não surjam nem a anarquia, nem a tirania. No entanto, em todas as épocas, homens e mulheres foram tentados a derrubar os limites colocados sobre o poder, a favor de um capricho temporário. É uma característica do radical que ele pense o poder como uma força para o bem – desde que o poder caia em suas mãos. Em nome da liberdade, os revolucionários franceses e russos aboliram os limites tradicionais ao poder; mas o poder não pode ser abolido; e ele sempre acha um jeito de terminar nas mãos de alguém. O poder que os revolucionários pensavam ser opressor nas mãos do antigo regime, tornou-se muitas vezes mais tirânico nas mãos dos novos mestres do estado.

Sabendo que a natureza humana é uma mistura do bem e do mal, o conservador não coloca sua confiança na mera benevolência. Restrições constitucionais, freios e contrapesos políticos (checks and balances), correta coerção das leis, a rede tradicional e intricada de contenções sobre a vontade e o apetite – tudo isto o conservador aprova como instrumento de liberdade e de ordem. Um governo justo mantém uma tensão saudável entre as reivindicações da autoridade e as reivindicações da liberdade.

Décimo, o pensador conservador compreende que a estabilidade e a mudança devem ser reconhecidas e reconciliadas em uma sociedade robusta.
O conservador não se opõe ao aprimoramento da sociedade, embora ele tenha suas dúvidas sobre a existência de qualquer força parecida com um místico Progresso, com P maiúsculo, em ação no mundo. Quando uma sociedade progride em alguns aspectos, geralmente ela está decaindo em outros. O conservador sabe que qualquer sociedade sadia é influenciada por duas forças, que Samuel Taylor Coleridge chamou de Conservação e Progressão (Permanence and Progression). A Conservação de uma sociedade é formada pelos interesses e convicções duradouros que nos dão estabilidade e continuidade; sem esta a Conservação as fontes do grande abismo se dissolvem, a sociedade resvala para a anarquia. A Progressão de uma sociedade é aquele espírito e conjunto de talentos que nos instiga a realizar uma prudente reforma e aperfeiçoamento; sem esta Progressão, um povo fica estagnado. Por isto o conservador inteligente se esforça por reconciliar as reivindicações da Conservação e as reivindicações da Progressão. Ele pensa que o progressista e o radical, cegos aos justos reclamos da Conservação, colocariam em perigo a herança que nos foi legada, num esforço de nos apressar na direção de um duvidoso Paraíso Terrestre. O conservador, em suma, é a favor de um razoável e moderado progresso; ele se opõe ao culto do Progresso, cujos devotos crêem que tudo o que é novo é necessariamente superior a tudo o que é velho.

O conservador raciocina que a mudança é essencial para um corpo social da mesma forma que o é para o corpo humano. Um corpo que deixou de se renovar, começou a morrer. Mas se este corpo deve ser vigoroso, a mudança deve acontecer de uma forma harmoniosa, adequando-se à forma e à natureza do corpo; do contrário a mudança produz um crescimento monstruoso, um câncer que devora o seu hospedeiro. O conservado cuida para que numa sociedade nada nunca seja completamente velho e que nada nunca seja completamente novo. Esta é a forma de conservar uma nação, da mesma forma que é o meio de conservar um organismo vivo. Quanta mudança seja necessária em uma sociedade, e que tipo de mudança, depende das circunstâncias de uma época e de uma nação.

Assim, este são os dez princípios que tiveram grande destaque durante os dois séculos do pensamento conservador moderno. Outros princípios de igual importância poderiam ter sido discutidos aqui: a compreensão conservadora de justiça, por exemplo, ou a visão conservadora de educação. Mas estes temas, com o tempo que passa, eu deverei deixar para a sua investigação pessoal.

Eric Voegelin costumava dizer que a grande linha de demarcação na política moderna não é a divisão entre progressistas de um lado e totalitários do outro. Não, de um lado da linha estão todos os homens e mulheres que imaginam que a ordem temporal é a única ordem e que as necessidades materiais são as únicas necessidades e que eles podem fazer o que quiserem do patrimônio da humanidade. No outro lado da linha estão todas as pessoas que reconhecem uma ordem moral duradoura no universo, uma natureza humana constante e deveres transcendentes para com a ordem espiritual e a ordem temporal.

1 Russell Kirk (19 de outubro de 191829 de abril de 1994) foi um filósofo político, historiador, crítico social, crítico literário, e autor literário conhecido pela sua influência no conservadorismo americano durante o século XX.
2 Test Act - Lei inglesa de 1673 que exigia dos titulares de cargos civis e militares professarem a fé da Igreja Anglicana através de uma fórmula de juramento (N. do T.).
3 Declaração oficial da doutrina da Igreja Anglicana (N. do T.).
4 A frase "Chaos and old Night" provém do poema épico de John Milton Paradise Lost (Book I; line 544). Milton usa esta frase para se referir à "matéria" a partir da qual Deus ordenou e criou o mundo (N. do T.).
5 William Buttler Yeats, The Second Coming (N. do T.).




sábado, 19 de novembro de 2011

Armas para uma boa guerra


Qualquer que seja o nome contra a corrupção que tem transtornado a vida do povo brasileiro deve começar por pontos objetivos. Não adianta generalizar os motivos da corrupção. Precisamos atacar pontualmente. Reforma Eleitoral, Reforma Política, Reforma Tributária e Fiscal e Administrativa. No momento temos pontos  cruciais que devemos levantar as bandeiras, com maiores possibilidades de ganhos. 

Na Reforma Eleitoral, necessitamos de novas ferramentas como o Voto Distrital, Voto Facultativo, mas, principalmente, o Recall Eleitoral < LEIA SOBRE O RECALL ELEITORAL. De onde o Brasil copiou o instrumento do impeachment só aplicável a Presidente da República,  lá tem também o Recall Eleitoral para banir os maus gestores de governos e prefeituras locais.  O Recall Eleitoral somado ao voto Distrital mais o Voto Facultativo serão imbatíveis para que o eleitor possa punir os maus governos locais sem ter que esperar pelo término do mandato.

Na Reforma Administrativa, abaixo o que sempre pregamos: o menor número possível de ministérios e Secretarias e comissões para tudo; menos poder para a Coroa do Estado sortida com o labor do povo brasileiro, a serviço dos meliantes oportunistas partidários.


Taxa de ineficiência
Merval Pereira
O Globo - 19/11/11

A propalada disposição da presidente Dilma Rousseff de fazer uma reforma ministerial não apenas para trocar meia dúzia de ministros - mais que isso ela já teve que fazer por circunstâncias alheias à sua vontade -, mas para dar uma enxugada na estrutura de seu primeiro escalão, é um alento, embora seja difícil imaginar que ela consiga cortar pela metade essa miríade de postos de primeiro escalão sem criar problemas com sua base partidária, a maior e mais heterogênea já montada na História recente do país.

São 24 ministérios, mais nove secretarias ligadas à Presidência e seis órgãos com status de ministério.

O caso do (ainda) ministro do Trabalho, Carlos Lupi, é emblemático: desmoralizado depois de bravatas públicas e mentiras patéticas, continua no cargo por receio da presidente de que seu partido, o PDT, que comanda o Trabalho desde o governo Lula, possa votar contra a aprovação da DRU, fundamental para dar flexibilidade à execução orçamentária do governo.

O fato é que 39 ministérios é um recorde na História do país, além de ser uma dimensão que está dentro do que se conhece como "coeficiente de ineficiência", aplicável a qualquer grupo de decisão.

Segundo a teoria do historiador britânico Northcote Parkinson, um grupo perde o controle político quando ultrapassa um tamanho ideal, que fica entre 19 e 22 membros.

Napoleão era mais drástico e dizia que nos altos níveis não se comanda com eficiência mais de sete subordinados.

Uma lenda britânica atribui o fato de que nenhum governo tem um gabinete formado por oito ministros ao que aconteceu com o rei Carlos I, da Inglaterra, o único governo de oito membros de sua História. Foi decapitado depois de, com base no direito divino dos reis, cobrar impostos sem o consentimento do Parlamento, o que gerou a primeira guerra civil inglesa.

Um estudo, já relatado aqui na coluna, de três físicos da Universidade Cornell, Peter Klimek, Rudolf Hanel e Stefan Thurner, depois de analisar a composição ministerial de 197 países, chegou à conclusão de que os governos mais eficientes têm entre 19 e 22 membros.

O Brasil estaria no mesmo nível de ineficiência ministerial do Congo (40); do Paquistão (38); de Camarões, Gabão, Índia e Senegal (36); de Myanmar, Costa do Marfim e Indonésia (35); da Coreia do Norte; da Nigéria, de Omã e Iêmen (34); e do Irã e do Sudão (33).

A maioria dos países desenvolvidos, à época do estudo, tinha entre 13 e 20 ministros. O cientista político Octavio Amorim Neto, da Fundação Getulio Vargas do Rio, que estuda a formação de gabinetes ministeriais no Brasil, atribui a questões específicas de nossa redemocratização as razões pelas quais o número de ministérios no Brasil tem aumentado, a partir da eleição de Tancredo Neves, em 1985.

Antes de Tancredo, o governo Figueiredo tinha 16 membros, sem contar os ministérios militares, que eram cinco: Marinha, Exército e Aeronáutica, SNI e Emfa.

Quando Tancredo Neves foi eleito, uma das primeiras coisas que fez foi aumentar o número de ministérios, para acomodar na sua coalizão uma série de facções do PMDB e do antigo PDS, transformado em Frente Liberal.

Além de questões políticas mineiras, que justificaram a criação do Ministério da Cultura, onde ele colocou seu inimigo cordial José Aparecido de Oliveira.

O primeiro Ministério, que o vice José Sarney aceitou ao assumir devido à doença de Tancredo, tinha 21 ministros, com três ministérios novos: além do da Cultura, o da Reforma e Desenvolvimento Agrário, e o de Ciência e Tecnologia.

O governo de Fernando Collor reduziu radicalmente o Ministério para 10, chegando a 12 no final, antes do impeachment.

Quando Itamar Franco assumiu, na crise da deposição de Collor, uma das primeiras coisas que fez foi ampliar o número de ministérios para 22, tendo sido criado o Ministério do Meio Ambiente.

O tamanho dos ministérios ficou em torno desse número no governo Fernando Henrique Cardoso, embora também ele tenha criado mais três ministérios: o do Planejamento, o da Defesa e o do Esporte, e uma série de secretarias para acomodar facções políticas.

As recorrentes crises políticas que temos vivido, especialmente agudas no governo Dilma Rousseff, a ponto de fazê-la perder nada menos que sete ministros (podendo chegar a oito) antes do primeiro ano de governo, sendo que nada menos que seis (a caminho do sétimo) por corrupção, são decorrência da distorção do conceito de governo de coalizão que adotamos desde a implantação da Nova República.

Os partidos políticos não passam de aglomerados de facções políticas que têm que ser atendidas, superdimensionando o problema da fragmentação partidária, que já é grande - temos 38 partidos políticos em atividade no país, sendo que 23 com representação no Congresso.

O processo de formação da coalizão tem sido desviado de seu leito natural nos últimos anos, e tem valido tudo, desde a falta de compromisso com programas partidários até a adesão a posteriori de partidos que estiveram na oposição na eleição anterior.

E esses partidos aderem aos governos não em troca de compromissos programáticos, mas de cargos e prestígio político.

É o que estamos vendo agora na adesão ao governo do novo PSD, que foi bem-sucedido na manobra de assumir o lugar do DEM no nicho eleitoral da centro-direita, formando a terceira bancada do Congresso sem um programa que una as diversas lideranças políticas que o formam.

Com a nova adesão a ser formalizada na reforma ministerial e a natural reação dos que já estão dentro da coalizão governamental, vai ser uma tarefa praticamente impossível reduzir o número de ministérios.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Alerta: Isto não é o TiradentesVive

Alerta: Isto não é o TiradentesVive



Esta mensagem  também circula dentro do PT. Algumas propostas são até bem aceitas pelos Lulistas. Lembramos que o ítem de Nº 5 (CINCO) é proposta do Partido dos Trabalhadores no desejo do sistema UNICAMERAL.

Na falta de unidade de valores do povo brasileiro temos aqui, neste e-mail, que circula na internet, um emaranhado de ideias que soam intencionais, para além do comum. O que oculta ?



PARECE QUE O POVO ESTÁ ACORDANDO!!!


 É... o clima lembra o período que antecedeu a revolução francesa. 
O terceiro estado (povo) clama por justiça. Um milhão de pessoas na Avenida Paulista e principais avenidas das capitais brasileiras pela demissão de toda a classe política
12/10/2011
Este e-mail vai circular hoje e será lido por centenas de milhares de pessoas. A guerra contra o mau político, e contra a degradação da nação está começando. Não subestimem o povo que começa a ter conhecimento do que nos têm acontecido, do porquê de chegar ao ponto de ter de cortar na comida dos próprios filhos! Estamos de olhos bem abertos e dispostos a fazer tudo o que for preciso, para mudar o rumo deste abuso.

Todos os ''governantes'' do Brasil, até aqui, falam em cortes de despesas - mas não dizem quais despesas - mas, querem o aumentos de impostos como se não fôssemos o campeão mundial em impostos.

Nenhum governante fala em: 

1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, 14º e 15º salários etc.) dos poderes da República;

2. Redução do número de deputados da Câmara Federal, e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países sérios. Acabar com as mordomias na Câmara, Senado e Ministérios, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do povo;

3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego;

4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de reais/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o  bolo salarial respectivo.

5. Acabar com o Senado e com as Câmara Estaduais, que só servem aos seus membros e aos seus familiares. O que é que faz mesmo uma Assembléia Legislativa (Câmara Estadual)? 

6. Redução drástica das Câmaras Municipais e das Assembleias Estaduais, se não for possível acabar com elas.

7. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas atividades; Aliás, 2 partidos apenas como os EUA e outros países adiantados, seria mais que suficiente.

8. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc.., das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País;

9. Acabar com os motoristas particulares 24 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, as ex-famílias...

10. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado;

11. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc.;

12. Acabar com o vaivém semanal dos deputados e respectivas estadias em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes;

13 Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós que nunca estão no local de trabalho). HÁ QUADROS (diretores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE CONSULTORIAS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES....;

14. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir aos apadrinhados do poder - há hospitais de cidades com mais administradores que pessoal administrativo... pertencentes Às oligarquias locais do partido no poder...

15. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar;

16. Acabar com as várias aposentadorias por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo LEGISLATIVO.

17. Pedir o pagamento da devolução dos milhões dos empréstimos compulsórios confiscados dos contribuintes, e pagamento IMEDIATO DOS PRECATÓRIOS judiciais;

18. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os ladrões que fizeram fortunas e adquiriram patrimônios de forma indevida e à custa do contribuinte, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controle, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efetivamente dela precisam;

19. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efetivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida;

20. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham  beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.

21. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu patrimônio antes e depois.

22. Pôr os Bancos pagando impostos e, atendendo a todos nos horários do comércio e da indústria.

23. Proibir repasses de verbas para todas e quaisquer ONGs.

24. Fazer uma devassa nas contas do MST e similares, bem como no PT e demais partidos políticos.

25. REVER imediatamente a situação dos Aposentados Federais, Estaduais e Municipais, que precisam muito mais que estes que vivem às custas dos brasileiros trabalhadores e, dos Próprios Aposentados.

26. REVER as indenizações milionárias pagas indevidamente aos "perseguidos políticos" (guerrilheiros).

27. AUDITORIA sobre o perdão de dívidas que o Brasil concedeu a outros países. 

28. Acabar com as mordomias  (que são abusivas) da aposentadoria do Presidente da Republica, após um mandato, nós temos que trabalhar 35 anos e não temos direito a carro, combustível, segurança, etc.

29. Acabar com o direito do prisioneiro receber mais do que o salário mínimo por filho menor, e, se ele morrer, ainda fica esse beneficio para a família.  O prisioneiro deve trabalhar para receber algum benefício, e deveria indenizar a família que ele prejudicou.

30 - (ACRESCENTO) Proibir que um prefeito, vereador, deputado, senador, presidente da república ao término do mandato, trabalhar, usando nosso dinheiro, para eleger a esposa ou quaisquer parentes em sua substituição tornando o mandato  propriedade da família o que acontece de forma escandalosa em nosso país


Ao "povo", pede-se o reencaminhamento deste e-mail.Se tiver mais algum item, favor acrescentar

TENHO 01 ITEM A ACRESCENTAR SIM: 
31. O POVO TEM QUE TER VERGONHA NA CARA!  NOS ENCONTRAMOS EM  12/10/11! Até la...


''O QUE ME INCOMODA NÃO É O GRITO DOS MAUS, E SIM, O SILÊNCIO DOS BONS''  (Martin Luther King)




segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Todo dia é O Dia, Qualquer hora é a Hora

└═─ São Paulo-Capital pela #Trilha ─═┘
Quanto à nossa maioria ... um é suficiente. 
Benjamin Disraelli




└═─ Dourados-MS pela #Trilha ─═┘

Quanto à nossa maioria ... um é suficiente. 
Benjamin Disraelli




Muitas décadas de desacertos e não será por passe de mágica e barulho que o Brasil encontrará a sua Trilha.





quarta-feira, 10 de agosto de 2011

#SetedeSetembroNegro


└═─Rebelados da #Trilha de @TiradentesVive─═┘#SetedeSetembroNegro




A idéia surgiu de uma informação divulgada pelo Cacique mais antenado da internet. O Chefe,  o BOSS (como eu carinhosamente o chamo) @ajuricabat. O guerreiro da Tribo dos Manaós divulgou essa informação na quarta-feira aqui. Imediatamente achei interessante e repliquei o coice para os meus incautos — jamais incultos — seguidores e, até o momento, já contamos com a adesão de @ngfaleiros @AparecidoSilva @SaoBlack @LuizLeone, @emeoliv @DriFalavigna. A idéia, além do que está no texto original, é levar esse sentimento de luto para o Desfile Militar de 7 de setembro no Sambodromo do Anhembi na capital de São Paulo. Não me recordo se o desfile ainda é televisionado (sei que o do DF é), mas ainda assim seria uma ótima oportunidade para reafirmar que alguns brasileiros — muitos — estão de luto pela morte de uma grande nação. Os que reconhecem essa passagem para o além prematura sabem que um país não pode ser medido somente por a quantas andam as questões de ordem econômica e social. Há dezenas de outras questões que devem ser observadas e que no caso do nosso país têm desempenho sofrível. E há uma, em especial, que é fundamental para compreender porque tudo parece nos tragar para um buraco negro onde a regra é a bandidagem independente do estrato social, a corrupção sem freios em todas as relações humanas e a certeza da impunidade por  centenas  de crimes praticados a todo  momento: A MORAL. Nosso país vive uma crise moral sem precedentes já há alguns anos. 

Os pais de família, tragados pelo politicamente correto e pela tortura de viverem se informando com desinformação por tudo que é lado, já não conseguem transmitir valores maiores para seus filhos. Gerações inteiras são educadas na frente da TV e do computador. Vivem por viver, alimentam-se e respiram por serem necessidades das quais não é preciso muita reflexão para se reconhecer como extremamente necessárias. 

A escola agora não consegue cumprir a sua função mínima de ensinar as 4 operações matemáticas e garantir que seus alunos consigam interpretar um texto de 20 linhas. Os jovens saem do ensino médio semi-alfabetizados e não raro fazem graduação e pós-graduação levando adiante uma cultura de total despreparo e desprezo intelectual e moral. Isso se a escola já não tiver se transformando num pré-vestibular para o presídio, pois é cada vez mais comum vermos casos absurdos de violência também do lado de dentro dos portões. Tendo muita sorte — a sociedade — esses jovens serão apenas engenheiros, médicos e advogados que, desde que não cometam falhas criminosas em suas profissões — algo cada vez mais freqüente também —, não propagarão a falha de sua formação para outros jovens. Mas e quando esses infelizes se acham talhados para serem professores, jornalistas e formadores de opinião? Aí a desgraça ecoa e atinge as novas gerações como uma pá de esterco que ao invés de adubar, soterra por completo as jovens mudas.

Não é possível viver em um país onde os escândalos políticos, os desmandos, o despreparo de governantes, o cassino montado em todos os escalões dos governos, a total falta de vergonha na cara dos homens públicos, ímprobos, cafetões da própria mãe — a Pátria — e a falta de punição para o erro, sejam cuspidos em nossa cara desde o café da manhã até a hora da ceia. 

Não é possível viver num país que possui uma das maiores cargas tributárias do mundo e em troca não nos oferece segurança, saúde, transporte, saneamento básico etc. Como é possível acreditar que vivemos em uma democracia se o que existe é uma demoapatia generalizada de um povo que foi levado a acreditar que democracia se resume a, de tempos em tempos, votar em algum candidato alegórico que irá fazer alguma coisa que nem ele mesmo sabe em algum lugar que simplesmente desconhece para quê existe? Acreditar que o povo compreenderá o verdadeiro sentido da democracia obrigando-o a votar? Voto obrigatório não é democrático; é uma espécie de coerção praticada pelo Estado para garantir legitimidade a um processo. Mas isso  apenas contribui para que a vitória seja sempre de quem tiver o melhor marqueteiro e a melhor máquina de propaganda: o Poder do Estado. E quando já estivermos cansados dessa camarilha, desses ratos traiçoeiros, calma!, logo já será fevereiro, ainda que o Brasil seja Carnaval o ano inteiro, e poderemos, enfim,  ser felizes sob o sorriso analgésico de um  Momo cada vez mais magro e sem graça.

Sim, mas isso pode mudar um pouco hoje e um pouco mais amanhã. Com poucos hoje e com muitos mais amanhã. Basta sairmos dessa apatia mórbida que tomou conta dos indivíduos de respeitabilidade, dos homens de boa vontade. Basta que demonstremos, com ações simples, que parcela de nossa sociedade não sucumbiu a essa nova era sem valores, sem moral, sem ética e com um senso de justiça totalmente invertido para se adaptar ao caos do mundo.         

Não basta demonstrar insatisfação e indignação no mundo virtual. As redes sociais representam uma parcela ainda insignificante das pessoas reais e dentro delas o percentual das que realmente falam alguma coisa de valor, e não um amontoado de palavras fúteis para serem repetidas por uma legião de ovelhas desinteressadas, é ainda menor. Ou seja: seu avatar não poderá fazer muita coisa, mas você pode. O mundo virtual ainda serve, principalmente, para conhecer pessoas de carne e osso desse lugar que ficou meio fora de moda, mas que ainda é bem interessante: o mundo real. Pessoas que se identifiquem com valores semelhantes aos seus. Pessoas que se reconheçam unidas pelo sentimento de justa ira em ver o país sendo governado, dirigido e aconselhado por turbas de incompetentes e ladrões de todas as graduações que não têm nem mais vergonha de mostrar a cara. 

Faça como eu: saia da tela do computador e ganhe as ruas de forma ordeira, mas determinada. Dia 7 de setembro eu pretendo demonstrar meu luto por esse Brasil nada independente. Deixar registrado, de forma evidente, como é lancinante a minha dor por um país que parece cada vez mais dependente dos interesses de todos os canalhas que se sentem confortáveis por jamais serem confrontados por conta de seus atos.  

Quem for comigo verá que realmente tenho cascos grossos e ferraduras de metal nobre ideais para #trilhas estreitas. Verá também que tenho um pêlo macio sobre uma carcaça magra e repleta de marcas do chicote e das farpas de uma carroça pesada, mas da qual eu não reclamo porque é o meu sustento. Ainda assim, eu estarei lá, pois acredito que o Brasil pode nos dar muito mais do que esse pão bolorento que somos forçados a engolir com um café gelado todas as manhãs, enquanto gargalhamos de alguma piada sem graça cuspindo as migalhas de nossa indiferença para todos os lados. 

Alexandre Core


Este Blog não tem moderação




quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Quem estará conosco?

└═─Blog da #trilha dos Rebelados de @TiradentesVIVE ─═┘Quem estará conosco?


Desde o início da formação do Tea Party americano — organização dos conservadores para fazer frente contra as maléficas intenções da esquerda americana encarnada no Presidente Barack Obama —, tudo que se lê publicado na imprensa brasileira, ou é desinformação ou, o mais plausível, é que esteja sendo, propositalmente, negada a verdade ao leitor brasileiro.

Hora de tentar analisar o comportamento da nossa imprensa e verificar os reais motivos que a têm levado a proceder deste modo. Nota-se, sem nenhuma dúvida o gosto por agradar a esquerda americana. Há um medo sem tamanho e caberia perguntar o porquê. E, os porquês não são poucos.

Não vem de hoje a sistemática maneira deste tratamento. A ligação do Globo, por exemplo, com o grupo Times é antigo. Time-Life-Globo, quem não se recorda ?

As recorrentes inserções de colunistas do New York Times no jornal O Globo dá bem a medida do conluio com a esquerda americana. Também prêmios na área de jornalismo não tem como acontecer se não houver acordo com o main stream mídia americano. E o Globo tem jornalistas premiados.

Concluie-se que, a fatura é cobrada e muito bem paga:

Extremistas que dão as cartas nos EUA. Este foi o título de hoje, naquele jornal, exatamente na Editoria Mundo. Assina uma pretensa especialista em constituição e História americanas. Todo o texto nada mais é do que a macaquice de repetir o que tem dito a imprensa comunista americana — de fácil acesso pela internet — e os membros da administração Barack Obama, por meio do NYT.

Neste mesmo dia quarta-feira, 3 de agosto de 2011, na mesma página de nº 28 da Editoria Mundo, uma coluna assinada por Joe Nocera — também do New York Times —, cujo título faz uso de uma palavra odiada pelo povo americano que é a Jihad. Uma palavra de entendimento islâmico, à cuja religião extremista Barack Obama é unido e da qual, é também, atualmente, o maior publicista para o Ocidente.

A matéria de O Globo, assinada por Janaina Lage sequer tem o cuidado de disfarçar a cópia. Estapafurdiamente, Janaina afirma e define por nomes supostas lideranças do Tea Party. Por tanto desconhecimento a moça nem poderia se dizer jornalista, menos ainda, assinar em tão importante Editoria. Quem foi que informou à jornalista que o Tea Party tem aquelas lideranças ? Os políticos citados saíram do próprio Tea Party, como é o caso de Michele Bachmann. Os demais, trabalharam duro para serem merecedores do apoio — endorsement — do Movimento e sem o qual não teriam sido eleitos. Com exceção de Sarah Palin, que deu total apoio ao início do Movimento do TeaParty ainda no estágio  de Grassroot, ou seja, apoiadora de primeira hora. O Tea Party é o povo, como reitera nossa ilustração.

O movimento do Tea Party não tem controle. É mesmo incontrolável e totalmente independente em qualquer que seja o local. Contudo, o que os une são os valores, comuns a todos os conservadores. É desta união que sai a organização não entendida por quem está de fora até do conhecimento do que seja a cultura patriótica dos membros do Tea Party.

Conservadores não querem ser cidadãos do mundo globalizado da Nova Ordem Mundial. Eles querem continuar sendo americanos, uma nação com seus valores seculares — mais correto dizer, seria milenar. A importância do Tea Party de 1773 para o de hoje, é equivalente à importância da independência daquele povo. Em defesa dos mesmos ideais de liberdade, de necessidade de dizer não a tudo e a todos que lhes ameaçam os direitos individuais e a autonomia dos Estados, todos direitos inalienáveis, constitucionais.

Se um povo harmonioso em valores como religião, valores morais e cívicos enfrenta tantas barreiras de grande parte da mídia deles, seria bom que fossemos logo pensando sobre veículo da imprensa brasileira que seria a favor do TiradentesVive. Sim, porque, contra já saberíamos de antemão.



sexta-feira, 20 de maio de 2011

Reforma Eleitoral. Como vai ser ?

Envie sua foto com um simples cartaz em cartolina e pilot, ou como você queira e possa.



Para enviar sua manifestação sobre o tema Voto Facultativo e Voto Distrital você só precisa de uma cartolina e um pilot. Não é necessário que fotografe no meio de grandes avenidas ou aglomerado de gente. O povo brasileiro está acostumado com farra, festanças e barulhos, inócuos quase sempre, mesmo aqueles que são sendo *guiado* por mobilização de partidos políticos.

No TeaParty americano, mesmo se tratando  de um povo rico com acesso fácil à tecnologia, iniciou-se deste jeito simples. Depois, vieram os vídeos.

TiradentesVive não tem partido nem é representação de interesses pessoais. 
Siga @TiradentesVive no Twitter