"Estamos nadando na lama dessa falsa sensação de que o Estado se preocupa com as nossas vidas e as de nossas famílias. Alienamos, de diversas formas, para o Estado a capacidade que deveríamos ter de cuidar de nós mesmos. Depositamos nossa fé nesse Estado-Pai de que ele iria cuidar de nossas necessidades mais básicas, desde que também nos permitisse sermos eternas crianças, irresponsáveis e mimadas, brincando no playground da morte.
E como toda criança com essas birras e beicinhos, não demora para que tropecemos e, machucados, façamos de nosso choro um protesto tardio e ineficiente."
"O Governante implicante" (Começo e meio você pode ler no Blog Apanágio dos Néscios, [ @Filonescio ] um dos Rebelados. )
A catástrofe que atingiu o Estado do Rio de Janeiro, com ressalto para a Região Serrana daquele Estado, causou muito pouco efeito no que tange à reflexões mais abrangentes. Seria de grande esperança que pudéssemos todos entender que o Brasil ainda lambe as feridas; mas não é assim, porque logo cicatrizadas, tudo é esquecido até o proximo Carnaval sem Cinzas.
Contudo, ainda se pode contar com uns poucos blogueiros que registram, revoltados, seus sentimentos de total impotência. Blogueiros cientes do papel que lhes cabe: escrever, registrar como se fosse um "Não posso esquecer" : a fitinha amarrada no dedo. E sabem eles, os com mais capacidade de crítica, onde se encontram as respostas.
O Estado forte, aquele econômico, que não esbanja os recursos da União, que se mantêm distanciado da vida privada dos indivíduos é comumente confundido com o Estado Pai-Polvo ou o Estado Grande. O Estado Pai-Polvo é o todo-toderoso que tudo controla, que assalta o bolso do pagador de impostos e a ele nada devolve senão a mentira e a propaganda ideológica.
O Estado Pai-Polvo é este que nos determina como vivemos e como devemos morrer. Soterrados nos escombros do desprezo. Soterrados pelo Executivo goela grande cercado de 37 Ministérios, Secretarias e outras tantas dezenas de Comissões do Sem-Fim.
O caso não é de reconhecimento, apenas. O quê temos pensado para agir com o fito de não apenas impedir a manutenção do que já existe, muito mais necessitamos saber como fazermos para decepar tantos braços enroscados em nossas gargantas.